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Esta semana, a  colheita se intensificou nas lavouras da região.  O Departamento Técnico da Cotriel estima que a área colhida em toda a região de abrangência da Cooperativa esteja em 50%. A estimativa é de que 100% da safra em toda a área de abrangência seja colhida até a segunda semana  de abril. "O início foi marcado por replantes causados pela intensificação da chuva no começo do plantio em novembro, sendo que alguns produtores plantaram em dezembro. Até o início deste mês, as variedades mais tardias estavam resistindo mais as chuvas, mas a exemplo das precoces acabaram também tendo problema de desenvolvimento e enchimento de grãos, afetando ainda mais a sua produtividade. Desta forma, a pressão por doenças e pragas foi praticamente nula”, enfatizou o Assessor de Grãos e Fomento, Cristiano Corazza. 

Produção por hectare será menor em relação ao ano passado

Corazza afirmou que em 2019, a média das foi de 56 sacas por hectare. Este ano, a produção vai cair de forma significativa, pois a quantidade de chuvas, foi muito pequena e acabou baixando a produção: “ Precisamos encerrar a safra para estimar a real  perda que tivemos nessa safra, uma vez que a exemplo do que ocorre em anos de safra normal, a variação de produtividade é muito grande. Mas o nosso produtor nunca para e já está planejando a safra de inverno, na qual estimamos um aumento de 50% na área cultivada com trigo, cereal que ajuda a mexer com toda a estrutura e é uma alternativa importante para deixar nutrientes no solo”, destaca.  

Recebimento da safra

Segundo o gerente de grãos, Odélcio Leopoldo Harmtann, as culturas de verão soja,arroz e milho representam 92% do recebimento anual da cooperativa ,sendo que a soja é o carro chefe com 84%  de participação. Sabemos que este ano estamos vivendo um ano muito diferente em termos de produtividade e que é cíclico. Me recordo de pelo menos sete outras estiagens que passei: das safras 1982/1983, 1985/1986,  1996/1997, 2000/2001, 2005/2006 e a de 2019/2020. A deste ano foi de médias baixas de chuva, ao contrário da do ano de 2000, quando foram 72 milímetros em fevereiro e 252  em março, o que recuperou parte das lavouras daquele ano. Em 2006, foram 26 milímetros em fevereiro e em março 222 mm. Na safra de 2012, choveu 75 mm em janeiro e 236 mm em fevereiro", descreveu.

Odélcio encerra dizendo que as médias de chuva este ano foram mais baixas em relação aos anteriores: "De comum, as  médias altas fizeram que a colheita fosse um pouco melhor, ao contrário deste ano quando foram registrados na Sede apenas 36 milímetros de chuva em fevereiro e 64 milímetros em março, precipitação muito mal distribuída, que, combinada com as altas temperaturas de 5 a 15 de março, dizimou boa parte das lavouras. Todas as culturas – soja, arroz, e milho terão problemas e este ano será bem diferente para o produtor. O grão vem do campo de qualidade boa a qualidade bem inferior, pois as altas temperaturas e baixas produtividades também prejudicaram este grão. O produtor fez a sua parte, fazendo as aplicações, investindo na lavoura. A nossa função é deixar este produto como ele chega e temos feito isso, pois somos a Cooperativa que é do produtor e está do lado do associado em todos os momentos”, finalizou.