Publicada: 07/12/2022
quarta-feira, 7 de dezembro de 2022
Fonte: Setor de Comunicação
Nesta terça-feira, 06 de dezembro, no Salão Paroquial de Alto Alegre, aconteceu a 1ª edição do Simpósio do Leite de Alto Alegre. O evento contou com uma boa presença de produtores da região. A realização foi da empresa Agrifirm, com apoio da Cotriel, Cooperativa Santa Clara, CCGL, Emater, Grupo de Produtores, Prefeitura, Sicredi e Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alto Alegre.
Ao abrir o encontro, o vice-prefeito, Dilmar Loro enalteceu a organização por acreditar no município na realização de mais um evento. Disse que a bacia leiteira segue forte no município e o Simpósio valoriza os produtores que se dedicam à atividade.
A primeira palestra da manhã foi com Adriano Seddon, especialista em conforto animal. Ele abordou o assunto de como aumentar o lucro em R$ 3 mil reais vaca/ano. Disse que a principal razão da perda de produção de leite é o estresse térmico que tem grande importância financeira, refletida em uma perda de cerca de um terço ou mais do lucro líquido anual esperado, causando diminuição do consumo de alimentos, redução da eficiência alimentar, queda da fertilidade e insuficiência do sistema imunológico. “Fazendo o resfriamento das vacas, proporcionando sombra e água, estes danos diminuem e impactam na propriedade. É uma reflexão importante que precisa ser levada em conta pelo nosso produtor”, afirmou.
Assista aqui a entrevista
Na segunda palestra da manhã, o Médico Veterinário e Gerente Técnico de Adsorventes da Agrifirm, Mateus Morgan falou sobre o risco das micotoxinas na pecuária leiteira. Ele apresentou diversas pesquisas que tem sido realizadas a fim de compreender a importância de neutralizar estas toxinas nas propriedades rurais: Tanto as micotoxinas quanto as endotoxinas têm efeitos deletérios importantes nos animais, levando a problemas de produção de leite conhecidos e ocasionando mastite e diarreia. Ao reduzir o impacto destas toxinas, os animais tornam-se mais saudáveis e mais produtivos”, lembrou.
Veja a opinião dele sobre o assunto
A primeira palestra da tarde foi com o Dr. Patrick Schmidt, da Universidade Federal do Paraná. Ele apresentou que há de novo em silagem. Primeiramente falou sobre as técnicas de conservação as quais são fundamentais para aumentar a taxa de lotação e o desempenho dos animais, principalmente durante a estação seca. A silagem de milho tem sido – de longe – a principal forragem conservada para gado leiteiro no Brasil, devido ao seu alto rendimento, qualidade e aceitabilidade. Torna-se ainda mais importante, pois a forragem compõe mais da metade da ingestão diária de matéria seca das vacas. Como a silagem é a principal fonte de energia e fibra para o gado leiteiro no Brasil, avaliar a composição mineral é importante para a compreensão e contribuições dessa forragem para o balanço mineral em dietas para bovinos leiteiros”, salientou.
Entrevista com Patrick aqui
A última palestra do dia foi com Ricardo Rocha, gerente de ruminantes Adisseo, que frisou sobre a produção da sólidos no leite. Para ele, a questão principal não é somente a remuneração paga pela da indústria, que é uma tendência cada vez mais comum, mas sim que as vacas possam produzir estes sólidos a partir de um bom manejo nutricional e uma boa saúde do animal. “A composição do leite reflete como está sanitariamente o nosso rebanho, e se as vacas estiverem com uma boa saúde, a produtividade e a reprodução também estarão em um bom estágio. Os principais pilares que merecem atenção são genética, ambiente que elas estão e a nutrição”, evidenciou.
Assista neste link as palavras de Rocha
Ao avaliar o evento, o Médico Veterinário da Unidade de Alto Alegre, Cassiano Corazza parabenizou os organizadores pela iniciativa e o produtor que tirou este dia para se atualizar: “Alguns aspectos como as micotoxinas estamos sempre abordando com nossos associados. Foi importante eles conhecerem também a questão da silagem, como aumentar o lucro com a diminuição do estresse térmico e gerar mais sólidos no leite, sendo todos estes aspectos fundamentais para a lucratividade e a sobrevivência deste nosso pequeno produtor na propriedade”, finalizou.
Aqui o que disse Cassiano.
Imagens das entrevistas, edição e texto: Roger Nicolini
Fotos: Cesar Pierezan e Roger Nicolini