Publicada: 01/11/2010
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Os primeiros efeitos do La Niña sentidos no arroz do Sul do Estado, que se caracteriza pela escassez de chuva, são verificados também nas lavouras de soja, especialmente na região, e nas de milho no Noroeste. Depois de uma safra recorde no Estado, a nova ameaça de estiagem está preocupando os produtores gaúchos.
As regiões Oeste e Sul são as mais atingidas pela baixa precipitação. Segundo a meteorologista Estael Sias, da Central de Meteorologia, a situação deve perdurar durante todo o verão, como é característico em anos de La Niña.
- Novembro deve ter apenas 10 dias de chuva, e não será em grandes volumes - explica Estael.
Embora o quadro previsto de tempo seco esteja se confirmando, representantes do agronegócio afirmam que ainda é cedo para se falar em prejuízos.
- A soja semeada não está germinando. Precisa chover logo para que possa se desenvolver - afirma o gerente técnico da Cooperativa dos Agricultores de Plantio Direto (Cooplantio), Dirceu Gassen.
Em fase de desenvolvimento, o milho teve a aplicação de nitrogênio - nutriente essencial para o bom crescimento do cereal - prejudicada pela falta de chuva. Segundo José Ruedell, diretor da Fundacep, a chuva registrada nos últimos dias deu uma amenizada no problema nas regiões Noroeste e Missões. Reconhece, no entanto, que é difícil prever o que acontecerá nos próximos dias.
Com as sementes de arroz plantadas desde o início de outubro, produtores de Pelotas aguardam a chuva para que se inicie a germinação, conta Luiz Felipe Reschteiner, que semeou 1,2 mil hectares. Esperançoso, Reschteiner acredita que, se a chuva vier logo, será possível obter uma boa produção.
Fonte: Zero Hora.