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Publicada: 25/03/2021

Para onde vai o Dólar?

quinta-feira, 25 de março de 2021

Fonte: Agrolink

Apesar da recente tendência de alta observada no câmbio, a Rico Investimentos (do Grupo XP) acredita que o movimento ainda mais recente de recuo do dólar frente ao real deve ganhar força nos próximos meses. Decisiva para a definição dos custos e lucros do agronegócio brasileiro, a moeda norte-americana é o fator fundamental mais influente no momento.

“Do lado internacional, a atuação do Banco Central Europeu, a ainda letárgica volta econômica na região, o esperado arrefecimento do preço de commodities observado nas últimas semanas, e o fim gradual de desequilíbrios entre oferta e demanda causados pela pandemia devem contribuir para uma estabilização das expectativas de inflação e dos juros de longo prazo em países desenvolvidos”, comenta relatório assinado pelas corretoras Betina Roxo e Paula Zogbi.

Já no Brasil, apontam elas, o mesmo “cenário desafiador dos palcos internacional e doméstico motivaram o Banco Central a antecipar a normalização da política monetária, além de intensificá-la no curto prazo. Uma alta mais forte de início, para potencialmente não precisar subir tanto ao fim do ciclo”.

“A atuação firme e com elevada credibilidade da autoridade monetária também contribuirá para aliviar tanto direta quanto indiretamente o câmbio — via diferencial de juros (aqui e lá fora), e via percepção de risco de um fiscal saindo do controle, e levando a inflação junto. Aqui, cabe um adendo: quando os juros estão mais altos por aqui, entra em jogo uma operação chamada carry trade, em que investidores estrangeiros lucram com o diferencial de juros entre dois países e com a variação cambial”, aponta a Rico.

“Mas essa vinda de dinheiro estrangeiro para o nosso mercado também depende de um banco central ‘ponta firme’, porque a atuação contra o descontrole fiscal também dá mais segurança para investir em terras brasileiras. Traduzindo: quando a volatilidade é muita, essa operação não vale a pena mesmo com diferencial de juros mais alto”, concluem as corretoras.