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Com condições climáticas propícias para a proliferação, foram registradas as primeiras ocorrências de ferrugem asiática na safra 2023/2024, em lavouras de Julio de Castilhos e Santa Rosa. O excesso de chuvas em algumas regiões acende um alerta para o aumento de casos da doença e, de acordo com o pesquisador em Fitopatologia da CCGL, Dr. Carlos Pizolotto, por conta de uma janela de plantio mais ampla, o problema está aparecendo mais cedo no campo.

O pesquisador explica que as ocorrências foram registradas em lavouras semeadas entre o final de setembro e início de outubro. Por esse motivo, a atenção do produtor deve ser redobrada, principalmente aqueles que estão plantando a lavoura mais tarde. "É preciso estabelecer ações que devem ser tomadas imediatamente, como o intervalo na aplicação de fungicidas", destaca o Dr. Carlos Pizolotto.

Ao abordar as aplicações de fungicidas no estágio vegetativo, o Dr. Pizolotto ressalta a importância de iniciar o processo 20/25 dias após a emergência, focando especialmente em manchas foliares. Nas semeaduras realizadas mais tarde, no final de novembro e início de dezembro, essas áreas podem ser mais propensas a observar a ferrugem de forma precoce.

O pesquisador destaca a importância de utilizar as ferramentas mais eficazes, como Carboxamida,  Triazolintione e Triazol, e ressalta outro ponto crucial: o intervalo de aplicação. Ele enfatiza a necessidade de estar atento aos intervalos, pois neste ano, devido às condições climáticas, a tendência é a necessidade de trabalhar com intervalos reduzidos, inferiores a 15 dias, principalmente no final do ciclo até março ou abril, caso as condições climáticas persistam.  "Se a tendência climática atual persistir, haverá a necessidade de trabalhar com intervalos de aplicação reduzidos, especialmente no final do ciclo até março ou abril. Isso se deve à redução do residual de aplicação, principalmente considerando que em todas as aplicações geralmente há a utilização de multissítio, que é um produto que fica sobre a superfície da folha e não é absorvido", conclui o pesquisador.

Smartcoop como aliada no controle de doenças da soja

A plataforma Smartcoop possibilita que os produtores registrem o manejo de doenças na cultura da soja, o que pode facilitar a identificação e controle da ferrugem asiática. O registro dos manejos fungicidas utilizados durante as safras contribui para a criação de um banco de dados essencial. Esse banco de dados permite avaliar quais práticas de manejo estão entregando os melhores resultados a cada safra, tornando-se um recurso valioso para a melhoria contínua da agricultura.