Publicada: 20/02/2012
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Naquelas datas, o relatório verifica os estoques de passagem (carry-over) dos Estados Unidos e da China, que tem a mais completa representatividade.
Entretanto, aqueles relatórios consideram também os estoques de soja disponíveis no Brasil e na Argentina, na data de 1 de outubro, de cada ano, que não são estoques finais, mas apenas fisicamente disponíveis naquela data, porém já destinados para utilização de outubro a fevereiro quando inicia a nova safra sulamericana.
Seria o mesmo que uma empresa com ano fiscal de janeiro-dezembro, apresentasse seu balancete do mês de julho, como resultado do ano. Ninguém aceitaria esta situação como verdadeira, mas no mercado da soja todos aceitam com relevância esta medida na formação e no desempenho
dos preços.
Este estoque gráfico das atuais 60 milhões de toneladas, como estoque final de passagem para a safra de 2012, se descontar as verdadeiras perdas sulamericanas, deste ano, resultará em um estoque ao redor de 40 milhões de tons, que será o menor estoque dos últimos 12 anos.
A pergunta seria: por que prestamos tanta atenção em uma provável quebra nas safras de soja, quando no mundo existem 60 milhões de toneladas de estoque ?
Uma coisa eu garanto, se existisse este estoque de soja no mundo, os preços da soja não passariam de usd 5.00 por bushel na Bolsa de Chicago.
´´Ao bom entendedor, meia palavra basta !"