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Publicada: 13/01/2012

Socorro aquém do esperado no RS

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

No dia em que o governo estadual anunciou uma estimativa de prejuízos por conta da seca em torno de R$ 2,2 bilhões no Rio Grande do Sul, o Planalto lançou um pacote para atenuar os efeitos da seca. O plano prevê, entre outras medidas, R$ 1bilhão para uso do seguro agrícola cobrir as dívidas, R$ 200 milhões à disposição em uma linha de financiamento do BNDES (ambos os valores para os outros Estados do Sul) e liberação de R$ 28 milhões para ações de socorro e prevenção às comunidades castigadas no Estado.

O plano federal foi divulgado sem pompa no Palácio do Planalto pelos ministros da Agricultura, Mendes Ribeiro, e Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence.

Ajuda menor do que foi pedido

Na solenidade, os integrantes da Esplanada confirmaram a autorização para que o governo gaúcho utilize R$ 18 milhões repassados em 2011 para socorrer municípios atingidos pela seca passada, mas que não haviam sido gastos devido ao excesso de burocracia. A União também disponibilizou para cada um dos três Estados do Sul outros R$ 10 mihões para serem aplicados em investimentos de prevenção contra reflexos da seca. O Recurso é somente metade do que o secretário estadual de Obras e Irrigação, Luiz Carlos Busato, havia solicitado na quarta-feira ao Planalto.

- Os Estados do Sul não possuíam uma política de irrigação. O desembolso do governo somente com o seguro agrícola para cobrir as dívidas da estiagem deve alcançar R$ 1 bilhão – tentou contemporizar Mendes.

Para o titular da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, o importante daqui para frente será viabilizar recurso de seguro e uma linha de financiamento para que os produtores possam se manter até a próxima safra.

- Os volumes de recursos ficaram um pouco aquém das expectativas. Sob o ponto de vista do socorro, poderia ter sido mais. Sob o ponto de vista dos recursos anunciados para as cooperativas foi satisfatório – avaliou.

O presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Carlos Sperotto, afirmou que a entidade irá avaliar as medidas nos próximos dias e deverá se manifestar apenas na próxima semana.

– Temos uma reunião marcada para o dia 19 na sede da Farsul, quando vamos discutir essas questões – disse Sperotto.

Zero Hora - Reportagem Especial (13/01/2012)