Publicada: 21/07/2016
quinta-feira, 21 de julho de 2016
Na tarde de quarta-feira, 20 de julho, no Clube 25 de Julho em Arroio do Tigre aconteceu o 1º Encontro Municipal dos Produtores de Soja. Em sua primeira edição, o evento, que foi uma promoção da Cotriel e Emater, com apoio da Sicredi, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Banco do Brasil e patrocínio da Syngenta, através do Programa Caminho, teve como tema “A diversificação em benefício da propriedade familiar.
Em sua fala na abertura do evento, a vice-prefeita de Arroio do Tigre, Vânia Pasa destacou a importância da realização do evento para discutir o papel da cultura da soja no município. Ela parabenizou a Cotriel e demais entidades promotoras pela realização do encontro.
Ao se manifestar na ocasião, o presidente da Cotriel, Leocezar Nicolini abordou a chegada da Cooperativa na região centro-serra em 2007, bem como o apoio que ela tem prestado ao pequeno produtor na melhoria da produtividade e diversificação da propriedade: “Temos trabalhado incessantemente para que o nosso associado obtenha rentabilidade e permaneça na atividade. Esta região é uma das que tem maior fidelidade na entrega da produção de soja e dizemos que isto se deve ao trabalho que implementamos desde a nossa chegada à região. Parabenizamos aos que se fizeram presentes aqui, pois tiveram mais uma oportunidade de ampliar o seu conhecimento”, disse.
A primeira explanação do encontro foi com o secretário de agricultura e meio ambiente de Arroio do Tigre, Jesualdo Francisco Priamo. Ele apresentou números que comprovam que nos últimos 12 anos a área de soja elevou-se de forma significativa no município: “O número de hectares plantados da oleaginosa passou de 3.800 hectares em 2004 para 8850 hectares este ano. Quanto à produtividade, esta passou de 22 para 56 sacos por hectare, o que aumentou o número de sacas de soja produzidas, impactando na receita com a atividade, que elevou-se e representa boa parte do orçamento do município” disse.
Logo após, o assistente técnico da regional da Emater de Soledade, Josemar Parise apresentou trabalho feito pela instituição em quatro dos 39 municípios atendidos pela instituição voltado ao Manejo Integrado de Pragas – MIP. Ele defendeu que os produtores intensifiquem o monitoramento semanal das lavouras visando prevenir a infestação de pragas e doenças e sobre a importância de diminuir a quantidade de fungicidas e inseticidas aplicados nas lavouras.
A última palestra do dia foi com o engenheiro agrônomo e doutorando em plantas pela Universidade Federal de Santa Maria, Leandro Marques. O tema de sua palestra foi sobre “Manejo de doenças em soja”. Ele lembrou que o produtor não precisa estar focado apenas na aplicação do fungicida ou inseticida, mas sim procurar manejar de forma integrada a lavoura de forma que as entradas de controle curativo ou preventivo das plantas seja feito no momento certo, para que não sejam necessárias mais aplicações na soja: “O desempenho do produto vai estar relacionado ao momento do controle, se está sendo feito antes ou depois da praga ou doença. Com a devida orientação, o produtor deve analisar detalhadamente a lavoura para que o resultado que se espera em termos de diminuição de pragas e doenças aconteça”, frisou.
Participaram do encontro cerca de 100 produtores.