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Os agricultores gaúchos seguem enfrentando condições desafiadoras devido ao impacto do fenômeno El Niño. A CEO e Co-fundadora da Agrymet, Bárbara Sentelhas, analisou os meses de dezembro de 2023 e janeiro e fevereiro de 2024, com base em projeções do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e do Centro Europeu para Previsões Meteorológicas a Médio Prazo (ECMWF), buscando consenso sobre as condições climáticas esperadas.

O prognóstico do INMET indica que, embora ainda persistam condições de chuva acima da média, há uma possível variação para valores dentro da normalidade em algumas regiões. Bárbara Sentelhas destaca que as chuvas podem oscilar de 10mm a 100mm acima da média, sendo a região central do estado mais propensa a atingir padrões normais ou até mesmo abaixo do esperado em algumas áreas, com até 100mm abaixo da média.

O modelo europeu concorda com o INMET, prevendo condições de chuvas acima da média, com algumas regiões apresentando uma probabilidade de 70% para essa ocorrência. Bárbara alerta que o cenário ainda é de atenção, especialmente devido ao pico do El Niño que se espera atingir nos próximos meses, influenciando diretamente nos padrões pluviométricos.

Quanto às temperaturas, o INMET aponta a possibilidade de temperaturas ainda acima da média em algumas áreas, mas grande parte do estado, principalmente no centro-sul, pode esperar temperaturas médias do ar dentro da normalidade. Em regiões como a capital e noroeste, há previsão de temperaturas levemente acima do normal, embora em uma escala mais moderada em comparação com outras regiões do país.

O prognóstico europeu corrobora essas análises, indicando probabilidades significativas de temperaturas acima da média para a maior parte do país, exceto o Rio Grande do Sul, que apresenta uma perspectiva mais amena, mesmo em caso de temperaturas acima da média, não atingindo extremos observados em outras localidades.

El Niño: pico esperado e perspectiva de neutralidade

O El Niño, classificado como moderado a forte, está previsto para atingir seu ápice em dezembro e janeiro, mantendo-se característico nos próximos meses. A tendência é que as chuvas se intensifiquem, atingindo um ponto de neutralidade a partir de maio/junho de 2024, trazendo possíveis alívios para as condições climáticas.

Em conclusão, embora desafios climáticos persistam no Rio Grande do Sul, há indícios positivos de melhoria no segundo trimestre de 2024, oferecendo aos agricultores uma perspectiva mais otimista para suas atividades. Acompanharemos de perto as atualizações meteorológicas para fornecer informações precisas e atualizadas à comunidade cooperativista.

Através do Clima Cast, no canal da Rede Técnica Cooperativa (RTC) no youtube, é possível acompanhar a previsão do tempo quinzenal, com informações mais específicas por região.

Assista o último Clima Cast no link abaixo.