Publicada: 17/05/2017
quarta-feira, 17 de maio de 2017
Fonte: Setor de Comunicação Cotriel
Mesmo tendo começado na segunda semana de março, o término da colheita da safra 2017 região de abrangência da Cotriel aconteceu esta semana, sendo que os últimos grãos retirados das lavouras foram em Pantano Grande, Arroio do Tigre e Sobradinho onde além de terem cultivares mais tardias, as chuvas da última semana atrasaram a retomada da colheita. É o que informa o gerente de insumos da Cotriel, Amarildo Provensi.
Para ele, desde o plantio, que foi feito a partir de 20 de outubro de 2016 as condições climáticas e de pragas e doenças favoreceram o desenvolvimento da safra: "No quesito clima, pois desde o princípio aconteceram chuvas a cada 10 dias, período ideal para germinação da semente. Já de novembro do ano passado a março de 2017, as chuvas foram totalmente regulares, o que promoveu praticamente uma irrigação nas lavouras. Quanto à pragas, lagartas e percevejos foram bem menos percebidas. Quanto à doenças, as de final de ciclo e ferrugem tiveram a menor incidência dos últimos cinco anos", enfatizou.
Provensi salientou que a produtividade se elevou de forma significativa: "No geral, a produtividade média final em nossa área de abrangência chegou a 65 sacas de soja, bem melhor que as 57 sacas de soja por hectare registradas na safra de 2016, o que dá um incremento médio de 14%. As cultivares que mais se destacaram este ano foram as superprecoces, por terem um melhor teto produtivo e o clima ser favorável no principal período em que elas precisam mostrar seu potencial, que são os meses de novembro, dezembro e janeiro. Outra característica é de que mesmo em um ano com características de clima e ataques de pragas e doenças severas, algumas delas se caracterizam por ser bastante estáveis, pois seguram a produtividade e isso mais uma vez fez toda a diferença, pois todos vimos como o ano foi bom em todos os sentidos para a soja", disse.
Tendência é que área de trigo caia 20% este ano
Provensi afirmou ainda que mesmo após as boas produtividades registradas no ano passado, os associados irão diminuir ainda mais o plantio de trigo: "Devido aos motivos que todos sabem, como clima, preço e falta de incentivo para o cereal, a tendência é de que a área de trigo caia de 17 mil para apenas 11 mil hectares em toda a região atendida pela área técnica da Cooperativa: "Para se fazer uma lavoura com tecnologia o custo chega a ser de até 48 sacos por hectare e estas razões desestimulam até alguns plantadores tradicionais. Mesmo assim, recomendo que os nossos associados não abandonem totalmente a cultura do trigo, pois se analisar a questão de mercado e resolver plantar cevada, canola ou aveia, a questão preço está igual, uma vez que muitos ainda tem estoques principalmente de aveia de alguns ano. Insisto que mesmo com mercado que tenha a venda demorada, o trigo ainda gera uma boa rentabilidade e deve ter um lugar nas propriedades", afirmou.
Segundo o zoneamento agrícola determinado pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento - MAPA, a recomendação é que o plantio de trigo seja feito no período compreendido entre 20 maio até 10 julho, podendo variar conforme o município e conforme a cultivar. Conforme Amarildo Provensi, a tendência é que as variedades mais plantadas este ano sejam a TBIO Sineulo, e TBIO Torkuk.
Ouça aqui a entrevista de Amarildo Provensi.