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Durante a tarde de campo, o meteorologista do 8º Distrito de Meteorologia de Porto Alegre, Solismar Prestes apresentou as perspectivas climáticas para o verão. Segundo ele, nos últimos meses no Oceano Pacífico  prevaleceu o padrão de neutralidade em relação aos fenômenos El Niño e La Niña, com pequena anormalidade negativa das águas superficiais (águas mais frias do que o normal). No Oceano Atlântico próximo à costa da Região Sul do Brasil também existem pequenas anomalias negativas. Os prognósticos para os próximos meses indicam que as  temperaturas negativas no Oceano Pacífico Equatorial devem permanecer pelo menos até o mês de fevereiro/2017, mas tendo em vista que as anomalias provavelmente ficarão com índices inferiores ou próximos a -0,5ºC, haverá  uma condição de neutralidade ou La Niña fraca para o próximo trimestre.

Solismar enfatizou que no mês de outubro as precipitações deverão ficar pouco abaixo do padrão, principalmente no sul e sudoeste e dentro do padrão nas demais regiões do Estado. Para o mês de novembro são esperadas precipitações abaixo do padrão, principalmente no noroeste do RS. Para dezembro, deverá ser mantido o padrão de precipitações pouco abaixo em todas as regiões. Quanto às temperaturas mínimas nos meses de outubro, novembro e dezembro são esperados valores médios pouco abaixo do padrão climatológico na maior parte do Estado.Já para as temperaturas máximas, o modelo regional aponta nos meses de outubro e novembro médias um pouco acima do padrão, especialmente no oeste do Estado, e dentro do padrão nas demais regiões. Em dezembro, a tendência é predominar valores dentro do padrão normal na maior parte do Estado.

Solismar encerra enfocando que o  predomínio de períodos mais secos durante este trimestre contribuirá para aumentar a amplitude térmica diária (características dessa estação), mantendo noites um pouco mais frias e tardes um pouco mais quentes, especialmente entre o começo e meio da primavera: “Tendo em vista o prognóstico de que até fevereiro as águas do oceano pacífico permaneçam um pouco mais frias do que o normal a tendência é de precipitações pouco abaixo do padrão no início do próximo ano e tendendo a normalizar a partir de março”, finalizou.

Ouça abaixo a entrevista completa.