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Um dos mais respeitados pesquisadores da Embrapa Trigo - Passo Fundo, o engenheiro agrônomo José Debardin alertou para riscos que a agricultura está prestes a enfrentar pela má aplicação das tecnologias.

Em sua fala aos alunos e a agricultores da região do Depósito, Denardin foi categórico: a agricultura representa um risco Brasil, pois há cinco anos não enfrenta estiagem e isso significa que está cada vez mais perto disso acontecer, e quando acontecer o solo não estará preparado e os prejuízos farão despencar o PIB e afetarão em cheio a economia do País. 

Para ele, a tecnologia do plantio direto exige a rotação de cultura e está explícita a degradação física do solo a água não infiltra, as raízes não penetram, os fertilizantes e insumos ficam   na superfície até 5 cm. Isso faz com que quando ocorre chuva mais intensa surge a erosão e em períodos sem chuva, provoca estiagem. " Não é falta de tecnologia, mas a má adoção da tecnologia,a carência no processo de tecnologia. A adoção não é plena, é parcial, apenas''. E acrescentou: '' Nenhum sistema é melhor do que o opera, ou seja, a lavoura não é melhor que o próprio dono.

A compactação decorre de fatores mecânicos o trafego de máquinas nas lavouras; ação biológica o adensamento do solo por não possuir palha em quantidade que atinja 10 a 12 toneladas por ano; e, química o calcário que não tem aporte na matéria orgânica vai contribuir para a compactação''.

  Realista, José Denardin adverte para o que chama de agricultura de risco Brasil, '' pois com cinco anos sem estiagem, estamos cada vez mais próximos  da ocorrência de uma seca, que certamente representará uma calamidade, pois os agricultores sabem como controlar a compactação, mas não praticam em sua totalidade''.   

Ouça aqui a entrevista completa concedida ao jornalista Roger Nicolini.