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O excesso de chuvas registrado no mês de maio no Rio Grande do Sul causou grandes estragos nos cultivos de produção agrícola.  

Segundo o pesquisador da RTC/CCGL. Dr. Tiago Hörbe, este é um período crítico para a agricultura, na transição do verão para o outono, momento de colheita da soja e implantação de culturas de inverno. É um período que o solo está descoberto, com pouco aporte de palha deixada pela cultura da soja, o que aumenta os problemas de erosão, uma vez que aconteceu a saturação do solo, e vem dificultando a entrada nos talhões para manejo e implantação das próximas culturas.

Conforme Hörbe, é essencial adotar práticas conservacionistas para mitigar os danos. Isso inclui o manejo adequado da água e do solo, além de ter paciência e esperar por condições climáticas mais favoráveis para o plantio das culturas de inverno.

Para os produtores que enfrentaram atrasos na colheita da soja devido às chuvas, análises pontuais são necessárias para quantificar penalizações na produtividade, em um cenário em que algumas áreas sofreram perdas totais, com abertura de legumes e própria germinação dos grãos, devido à combinação de altas temperaturas e umidade excessiva. Nestes casos, análises locais são necessárias para determinar se a colheita é viável, considerando as perdas sofridas.

Nutrientes importantes como Potássio e Nitrogênio lixiviaram ou seja,  foram levados pelas águas, sendo que a estrutura físico-química do solo foi prejudicada, influenciando diretamente na nutrição, sanidade e metabolismo das plantas, o que acaba sendo de fundamental importância o manejo correto nestas condições.

Tanto o Potássio quanto o Nitrogênio são elementos facilmente levados  do solo pelo excesso de umidade e por serem extremamente exigidos durante a fase reprodutiva, para o enchimento de grãos ou formação de frutos e é fundamental estar atento à disponibilidade dos mesmos, uma vez que são de extrema importância a fim de evitar a perda de cultivos agrícolas.

Assista aqui a entrevista.