Publicada: 13/09/2023
quarta-feira, 13 de setembro de 2023
Fonte: Setor de Comunicação
Na noite desta terça-feira, 12 de setembro, a Unidade da Cotriel da Serra dos Engenhos em parceria com a Corteva realizaram uma palestra técnica. Mário Bianchi, pesquisador da CCGL, abordou o tema “Controle de Plantas Daninhas na lavoura de soja”.
Em sua explanação, Bianchi exemplificou que o manejo destas plantas é semelhante à construção de uma casa, com um bom alicerce, paredes e cobertura que precisam estar bem integrados: “Na base de tudo, tem de haver a dessecação, pois se esta não ocorrer por motivos operacionais, do ambiente ou escolha indevida de produto ou da estratégia e não sendo bem feita vai comprometer todo o resto do controle. A invasora deve ser olhada pelo seu estágio e tamanho, para que se defina a estratégia que vai ser usada, ou seja, plantas daninhas como buva, poaia, pé-de-galinha ou capim-rabo-de-burro que tenham entre 25 e 30 centímetros, deve ser feita uma aplicação sequencial e as pequenas pode ser utilizada a forma desseque e plante, sempre tomando alguns cuidados. Cada formato exigirá um ajuste específico de herbicida para este controle.
O pesquisador salientou que o segundo passo é, após começar o plantio da soja no limpo, construir a sustentação do processo de aplicação, com uso de herbicidas pré-emergentes, preparando o terreno para o uso dos pós-emergentes: “Os pré-emergentes reduz a quantidade, uniformiza estágio e facilita o pós-emergente, este devendo ser usado com a invasora tendo quatro folhas, pois caso a aplicação seja feita mais tarde, a invasora ficando mais tempo em contato com a soja tem maior potencial de causar redução de produção, além dificultar a ação do herbicida. Toda a responsabilidade do controle não deve ser colocada apenas no produto pós-emergente por melhor que ele seja, pois já visualizando exemplos de anos anteriores, pode haver falha no controle e se as plantas não forem debeladas, não existe outra alternativa”, afirmou.
Mário finalizou a sua palestra lembrando que o manejo das plantas daninhas para esta safra não pode ser feito tendo por base a falta de chuvas das últimas três safras: “Saímos de estiagens severas e devido à este cenário tem muitas sementes de plantas daninhas estão depositadas no solo e agora com a tendência de chuvas regulares e até acima da média a tendência é que estas germinem. Portanto, é imprescindível que sejam utilizados os herbicidas pré-emergentes para poder definir bem e controlar estas plantas que vão vir e ter cuidado com a questão ambiental, principalmente a umidade do ar que tem de ser acima de 50%, a fim de que o produto aja adequadamente e que a dessecação e a pós-emergência funcionem. Vai ser um ano melhor para este manejo e é necessário buscar, com orientação da assistência técnica da Cotriel a melhor alternativa diante daquilo que tem na propriedade. Lembro que este manejo fica bem mais preciso com o registro da espécie da planta que está no talião na plataforma SmartCoop, pois assim facilita a escolha de produto, ou seja, é mais uma ferramenta gratuita que facilita a vida do produtor”, disse.
Ao final, o representante Comercial da Corteva, Jonatan Stumm e o assistente técnico da empresa, Luís Henrique Betella apresentaram o posicionamento de produtos, principalmente herbicidas para a safra de soja. O gerente da Unidade da Serra dos Engenhos, Vanderlei Marchioretto e o supervisor técnico comercial da Cotriel Regional Norte, Evandro Schmatz, agradeceram a presença dos associados no evento, que mesmo com muita chuva, contou com a presença de mais de 40 produtores.
Assista aqui a entrevista de Mário Bianchi.