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As lavouras de milho do RS poderão sofrer, nesta safra 2023/24, uma das piores infestações de cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) que o Estado já registrou.

Não bastasse isso, uma nova praga, a cigarrinha africana, também foi identificada nas plantações gaúchas. O alerta é do pesquisador responsável pelo setor de entomologia da cooperativa CCGL, Glauber Renato Stürmer.

No RS, o plantio do milho já iniciou na região Noroeste, a mais quente do Estado. Segundo o pesquisador, a alta quantidade de espécimes coletados em armadilhas de monitoramento da Rede Técnica Cooperativa (RTC) nos municípios de Cruz Alta e Três de Maio indicam que a população da praga no Rio Grande do Sul deve ser a pior já registrada na história.

Além disso, pela primeira vez, foram registradas amostras de insetos que com resultado positivo para três origens de enfezamento (doença que provoca deformações no milho): fitoplasmas, espiroplasmas e vírus.

“O risco de danos às lavouras está altíssimo. Além de uma alta população de insetos, eles estão muito doentes, em um momento em que as plantas estão muito sensíveis” afirma Stürmer. O complexo de enfezamento pode levar à perda de mais de 90 % nas lavouras de milho.

A vigilância da cigarrinha-do-milho realizada pela RTC começou em 2021. Atualmente, conta com 77 pontos de monitoramento no RS.

Assista aqui a entrevista que fizemos com o Dr. Glauber sobre o assunto.

Artes e fotos: CCGL/RTC DIVULGAÇÃO