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Publicada: 07/06/2023

Manejo de doenças em trigo foi tema de palestra para Departamento Técnico da Cotriel Regional Norte

quarta-feira, 7 de junho de 2023

Fonte: Setor de Comunicação

Na noite desta segunda-feira, 05 de junho, no Auditório da Afeco, a Cotriel Regional Norte, em parceria com a Bayer realizou mais um evento técnico. Na ocasião, o Dr. Carlos Pizolotto, pesquisador da CCGL falou sobre o cenário das doenças em trigo para a safra 2023.

Em sua abordagem, o Agrônomo frisou inicialmente que a questão climática é um fator importante para se planejar um bom manejo das culturas de inverno. “Em um cenário no qual a tendência é do Fenômeno El Niño, que promove uma mudança significativa no regime de chuvas e amplia os dias úmidos, algumas doenças são favorecidas como as manchas foliares, que são favorecidas em áreas de monocultura e molhamentos entre 12 e 18 horas e a giberela, quando a umidade da área supera as 24 horas no período de espigamento do trigo, mas temos de considerar o histórico da área, se vem de uma monocultura, a escolha da cultivar, com materiais que tenham diferentes respostas a doenças e o tratamento de sementes, ou seja, o contexto que se encontra a área é importante, pois não podemos apenas combater as doenças com aplicação de fungicida, é preciso combinar diferentes técnicas de manejo da área”, lembrou.

Pizolotto também destacou que a população de plantas deve ser levada em conta no momento de se estabelecerem as estratégias de atuação na área cultivada com trigo:  “A questão do número de espigas por metro quadrado tem de ser considerada, uma vez que a sanidade e a forma como a lavoura foi plantada também irão definir o desenvolvimento destes materiais, uma vez que se o tratamento de sementes foi realizado adequadamente o trigo irá crescer sadio, respondendo ao oídio e às manchas foliares que tendem a atacar o cereal durante todo o seu ciclo.

Por fim, o pesquisador chamou a atenção de problemas como vírus do mosaico e as bacterioses, que podem ser amenizadas na área a partir da tomada de decisão que inicia na escolha do cultivar e da construção de um perfil de solo: “O material que tiver melhores níveis de resistência já inicia com boa resposta quanto às bacterioses. O mal-do-pé, é ocasionado pela intensa repetição de área de trigo sobre trigo e com azevém resistente, que é um hospedeiro secundário desta enfermidade.  O fundamental neste caso é fazer uma construção de um perfil de área, começando com uma rotação de cultura, reduz a compactação da terra traz melhoras para o sistema como um todo, evitando, por exemplo, acúmulo de água. Todas as medidas preventivas ajudam e muito, a se antecipar aos problemas de doenças”, encerrou.

Vinicius Agostini, representante técnico de vendas da Bayer na ocasião, apresentou o portifólio Bayer para cultura do trigo. 

Aqui a entrevista com Carlos Pizolotto

 Texto, fotos e entrevista: Roger Nicolini