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O gerente de grãos da Cotriel, Odélcio Hartmann ao falar da safra de inverno deste ano iniciou explanando que o rendimento do trigo, cereal mais recebido, foi prejudicado pelas chuvas intensas, de mais de 700 milímetros no ciclo da cultura que vai de julho a novembro,  em 25 dias de registros de precipitações este ano.  Por outro lado, Hartmann descreveu que, em termos de qualidade, foi satisfatório, mesmo que o problema de mictoxina, que está ligado ao florescimento da cultura  persista: “As cultivares à disposição no mercado tem nos ajudado uma vez que temos de cinco a sete variedades que são as mais plantadas em nossa área de abrangência.  No inicio de junho, tivemos muita chuva, o que atrapalhou o plantio, porém mesmo assim tivemos um PH médio de 78 tendo na nossa área de abrangência, mas comparando isso com 2022 teve uma média de 81 de pH, esse ano teve variedades que deu 84, as duas safras se equivaleram muito, tendo um clima bom no inverno, da um trigo de alta qualidade.

Quanto ao percentual do trigo destinado ao moinho da Cotriel, o gerente de grãos informou que a agroindústria consome 30% do que foi recebido, o que representa cerca de 60 mil toneladas.

No que diz respeito à canola, Odélcio frisou que os associados focaram a produção nas regiões de Salto do Jacuí, Jacuizinho e Estrela Velha, sendo que o recebimento ocorreu de forma normal. Quanto à representatividade de cada cultura, Hartmann informou que 77% do que foi entregue na cooperativa é soja, 13% trigo, 5% milho e arroz 5%, recebido na Unidade de Pantano Grande, responsável pela produção das marcas próprias Bom Grado, Cotriel e Agrojac  e cerca de 1% de canola, sendo que praticamente não teve recebimento de trigo fora de tipo neste ano. “Estamos com uma expectativa boa quanto à safra de soja de 2025. Evidentemente  tudo depende do tempo, mas o produtor e a Cotriel estão preparadas para o ano que vem e temos certeza que o tempo vai colaborar”, encerra.

Ouça aqui a entrevista de Odélcio.