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Publicada: 26/10/2016

Farsul pede ao Ministério da Agricultura aplicação de instrumentos de comercialização para o trigo

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Fonte: Ascom Farsul

A Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul - Farsul- encaminhou ao Ministério da Agricultura suas propostas para a aplicação dos mecanismos de comercialização de trigo. O cereal está sendo vendido abaixo do preço mínimo estipulado pelo Governo Federal há um mês, o que motivou a entidade a procurar a pasta para regular a situação de modo a evitar prejuízos ao produtor durante a colheita.

Conforme a Federação, são necessárias as operações de AGF, Pepro e PEP em 1,5 milhão de toneladas de trigo gaúcho em um curto espaço de tempo. A expectativa é que o governo atue rápido e evite perdas ao produtor. Desde o dia 19 de setembro, quando chegou a R$ 33,40 o saco de 60 kg, que o grão vem sendo comercializado em valores inferiores a R$ 38,65, preço mínimo que entrou em vigor em 1 de julho de 2016.

Do montante proposto, 500 mil toneladas seriam destinadas à AGF (Aquisições do Governo Federal), instrumento que responde mais rápido ao preço. Ao retirar o produto de circulação e armazenar por período indeterminado, ocorre um enxugamento de oferta. Apesar do custo mais elevado, apenas 4,4% do valor orçado para a operação em 2016 foi executado até agora. Além disso, a quantidade de trigo estocada é baixa, com apenas 15 mil toneladas nos armazéns federais.

O restante, um milhão de toneladas, seria divido entre o Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor) e o PEP (Prêmio de Escoamento de Produto). A preferência seria ao Pepro, pois a diferença dos valores é paga diretamente aos produtores. Já o PEP tem a vantagem de aumentar a concorrência entre os compradores e permite maior fluidez no mercado brasileiro.

O documento, enviado ao secretário Neri Geller, lembra que, desde a pós-colheita de 2013 ao primeiro trimestre de 2014, o trigo não registrava uma queda tão grande em seus preços. Na época, mesmo com os apelos da Farsul, o Governo Federal suprimiu a TEC (Tarifa Externa Comum) fazendo com que 4 milhões de toneladas entrassem no país, fazendo com que os valores praticados no mercado caíssem, gerando grande prejuízo aos produtores.