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Publicada: 19/09/2016

Especialista em fitopatologia de plantas Carolina Deuner palestra para o Departamento Técnico da Cotriel

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Fonte: Setor de Comunicação Cotriel

Na última sexta-feira, 09, a convite do Departamento Técnico Vegetal da Cotriel, em parceria com a Basf, a engenheira Agrônoma e Doutora em Fitopatologia de plantas, Carolina Deuner da Universidade de Passo Fundo  (UPF), palestrou sobre o tema “Estratégias de Controle Químico de Soja”.

Em sua primeira abordagem, a Doutora Carolina enfatizou que o foco principal dos produtores deve ser planejar, com antecedência as estratégias de manejo, pois mesmo que o cenário aponte uma possibilidade de ação do Fenômeno La Niña, com chuvas próximas à média, o problema do Rio Grande do Sul não é seca e sim distribuição de chuvas, que acabam sendo desiguais quando o fenômeno passa a agir. “A arrancada de plantio é que deve merecer a atenção, uma vez que deve ser dada muita atenção às doenças de início de ciclo da soja, principalmente o oídio que irá determinar a primeira aplicação de fungicida. A primeira aplicação é a última oportunidade que o produtor tem de colocar fungicida no terço médio inferior da planta, sendo que o limite máximo para chegar com o produto é o fechamento das entrelinhas da lavoura, pois uma vez isso acontecendo o controle fica mais difícil.

Segundo ela, cerca de 70% da produtividade está protegido por aproximadamente  17% das gotas. Para a especialista, esta relação precisa mudar, com melhoria dos procedimentos de tecnologia de aplicação: “Quando se fala em volume de calda o mais importante é pensar na cobertura da planta e das partes da planta para ter o efetivo controle da doença. Então se pode trabalhar com qualquer ponta e qualquer calda, desde que tenha-se cobertura, com gotas médias e pequenas, pois se trabalharmos com gotas muito grandes o fungicida não consegue um controle efetivo.

Quanto ao trabalho com materiais de soja, variando do precoce ao superprecoce, ou seja, de 90 a 130 dias, Carolina observa que mesmo sendo uma questão particular do produtor os materiais são muito sensíveis à desfolha, ou seja, perdendo folha perde rendimento. A nossa recomendação é que de o fungicida seja aplicado e mantenha área foliar desde a fase inicial, porque se a doença se estabelecer o rendimento da soja fica comprometido”, segundo ela.

A Doutora Carolina encerra lembrando que o tratamento de sementes é a forma mais eficiente de combater fungos na lavoura. “Fungos que atacam a raiz ou o solo só são controlados com este tratamento, que é preventivo, uma vez que depois do desenvolvimento da semente não é possível diminuir a incidência de fungos. Quanto ao óleo, a substituição ou retirada  não é boa, pois nossos ensaios na UPF demonstraram uma redução na produtividade de até cinco sacos por hectare. Ao invés de usar, ele deve é melhorar a tecnologia de aplicação colocando um produto siliconado e jamais retirar o óleo”, finalizou.

Ouça aqui a entrevista de Roger Nicolini com a Dra. Carolina.