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Publicada: 28/01/2012

Elevada incidência de tripes preocupa sojicultores

sábado, 28 de janeiro de 2012

Alguns fatores estão contribuindo para o aumento da incidência de tripes. Em primeiro plano, destaca-se como principal fator o longo período de baixa precipitação pluviométrica que favorece uma maior densidade populacional; permite a rápida proliferação e possibilita o encurtamento do ciclo de vida dos insetos. Em segundo plano, destaca-se a utilização de práticas culturais necessárias para manter o potencial produtivo das plantas de soja, mas que muitas vezes eliminam alguns dos inimigos naturais da praga, também favorece o aumento da população de tripes, explica o pesquisador Mauro Tadeu Braga da Silva, da MTB Consultoria.

Os tripes são insetos pequenos, com a maioria das espécies medindo cerca de 1,0 mm de comprimento, apresentando dois pares de asas franjados. Até o momento, não se identificou qual a espécie ou espécies que esta ocorrendo nas lavouras de soja. Os tripes são visualizados com freqüência nos folíolos ou nas folhas e sua alimentação tem provocado intensas áreas necrosadas nestas estruturas. Em populações elevadas, os tripes causam queda prematura dos folíolos ou folhas mais velhas e, em conseqüência, poderão acontecer perdas acentuadas na produção. Se o ataque também for evidenciado na floração poderá ocorrer abortamento de flores, explica Silva.

Outra grande preocupação é a possibilidade dos tripes serem virulíferos. Por exemplo, os tripes do gênero Frankliniella transmitem o Vírus da Queima do Broto da Soja (VQBS). A infecção se manifesta entre 20 e 30 dias após a semeadura. As plantas de soja infectadas apresentam o broto com curvatura, necrosado e facilmente quebrável. Normalmente, as plantas apresentam escurecimento da medula da haste principal, o que se constitui no principal sinal de diagnose desta doença. Após a morte do broto apical, as plantas produzem excessiva brotação axilar, com folha afilada e de tamanho reduzido. O crescimento é paralisado, com aspecto de planta anã, produzindo poucas vagens. Caso as infecção ocorra mais tarde (40 a 45 dias após a semeadura), os danos serão bem menores. As sementes formadas podem apresentar manchas associadas à ruptura do tegumento. Em anos secos ou quando as chuvas ocorrem em períodos bastante espaçados, o aparecimento da doença acontece em níveis variáveis de infecção.

Segundo Silva, nas condições de seca vigente atualmente nas regiões produtoras, o controle químico não tem favorecido o controle do inseto, na maioria das situações, visto que os tripes vetores ou não do VQBS, mantém a migração durante longo período de fora para dentro da lavoura e consegue atacar as plantas antes de morrer pelo efeito dos inseticidas. Assim, as quantidades significativas e constantes de tripes requereram aplicações continuadas de inseticidas para que houvesse maior controle dos insetos.

A escolha da solução a ser adotada pelo produtor deve levar em consideração a seletividade, ou seja, o efeito do produto sobre os inimigos naturais; a rotação de princípios ativos, para evitar resistência das pragas; e também a questão de registro dos inseticidas para o inseto ou para a cultura da soja.
 

Fonte: Informações à imprensa
MTB CONSULTORIA – Comunicação Corporativa
Mauro Tadeu Braga da Silva (mtbconsultoria@comnet.com.br) - tel: (55) 9653-0437.