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Publicada: 05/07/2024

Cotriel participa do Movimento SOS Agro RS

sexta-feira, 5 de julho de 2024

Fonte: Correio do Povo

Milhares de produtores rurais de todo o Estado estiveram reunidos nesta quinta-feira, 04 de julho, no Parque da Fenarroz,  em Cachoeira do Sul. O movimento  SOS Agro RS mobilizou e uniu agricultores de diferentes portes de dezenas de municípios gaúchos para cobrar respostas e buscar o compromisso dos governos para recuperar sua capacidade produtiva.  O setor vive um momento crítico, pressionado por dívidas geradas com a frustração de safras anteriores e pela devastação das enchentes de maio no Rio Grande do Sul. 

Os manifestantes defenderam pautas de empresários e trabalhadores da agricultura e contaram com apoio de entidades como Federação da Agricultura (Farsul), Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), Organização das Cooperativas (Ocergs), Federação das Associações de Arrozeiros (Federarroz) e Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja).

Ao longo do dia, foram realizadas  palestras, depoimentos de produtores e políticos. No encerramento, foi lida uma carta  com redação de ata com as reivindicações dos produtores rurais e cobrando soluções para a continuidade do setor. O movimento SOS Agro RS se declara apartidário e acima de interesses político-partidários.

A Cotriel se fez presentes com os gerentes das Unidades de Capão do Valo, Marcelo Pereira,  Pantano Grande, Edson Orsolin, Salto do Jacuí, Cláudio Ferreira, Tunas, Cláudio Onir de Oliveira, e os consultores técnicos  Felipe De Franceschi, supervisor técnico regional da Região Centro, Anderson Vincenzi (Pantano Grande) Cleiton Silveira (Tunas), Eliezer Barbosa (Capão do Valo) e Sérgio Marques, de Pantano Grande, os associados Fernando de Moraes, João Carlos Fonte (Capão do Valo), Pio Ravanello e Vitor Alexandre Ceolin (Estrela Velha) e o conselheiro de administração da Unidade de Pantano Grande, Nilvo Salzer.

Os principais itens da pauta foram:

Prorrogação de dívidas por 15 anos, com dois anos de carência e taxa de juros de 3% ao ano.

Crédito reconstrução e capital de giro.

Securitização e anistia de dívidas do Pronaf e Pronamp com taxas de juros de 1% a 3% e prazo de reembolso de até 15 anos..

Anistia das parcelas de crédito fundiário e do Programa Nacional de Habitação Rural com vencimento de maio de 2024 a dezembro de 2025.

Linhas de crédito de R$ 20 milhões para assistência técnica e extensão rural, crédito para reconstrução de propriedades e capital de giro para cooperativas de produção.

Auxilio emergencial de 1 salario mínimo por seis meses para famílias rurais.

 A área cultivada no estado está estimada em 6,6 milhões de hectares, com uma produtividade média estadual de 2.923 kg/ha. No entanto, algumas regiões colheram muito abaixo desse volume. As perdas não se limitaram à soja. Outras culturas, como milho em grão e silagem, além de áreas de arroz, foram severamente impactadas. A histórica enchente de maio afetou mais de 206 mil propriedades, sendo que 50 mil produziam grãos. Atividades como criação de suínos, aves, bovinos, bovinos de leite, olerícolas e produção de frutas também sofreram impactos significativos. No meio rural, 19.190 famílias enfrentaram perdas em estruturas das propriedades, como casas, galpões, armazéns, silos, estufas e aviários. Na agroindústria, cerca de 200 empreendimentos familiares registraram prejuízos. Diante dessa situação, os produtores não conseguem cumprir os compromissos financeiros assumidos e reinvestir na recuperação das propriedades.

Fotos: Unidades de Capão do Valo e Pantano Grande