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As chuvas ocorridas na segunda quinzena de Maio prejudicaram as lavouras na região do Salto do Jacuí. Com precipitações acima dos 400 milímetros,  basicamente concentradas entre a última semana do mês de maio e os primeiros dias de junho não foi possível  realizar os trabalhos nas lavouras da região.

O engenheiro agrônomo da Unidade da Cotriel de Salto do Jacuí, Ricardo Teston disse que muitas áreas foram prejudicadas pela erosão: “Devido às precipitações terem ocorrido em pouco espaço de tempo e por muitos dias consecutivos, ocorreu a perda da camada fértil do solo, comprometendo o futuro destas áreas. As áreas de  soja safrinha e feijão também foram praticamente todas perdidas, pois os produtores não conseguem entrar na lavoura para realizar a colheita e quando tentam entrar acabam colhendo grãos com alta umidade, já germinados e deteriorados, perdendo praticamente todo o seu valor comercial”.

Teston disse que a pecuária leiteira também sofre com o excesso de chuva pois as áreas plantadas de pastagens sofrem com o pisoteio e tem o rebrote prejudicado:  “Com o excesso de umidade, houve atraso e diminuição  da quantidade de pasto a ofertar aos animais e, consequentemente,  esta pastagem praticamente se termina visto que em algumas áreas a aveia está morrendo por excesso de água e falta de sol.

Por fim, Ricardo comentou sobre o plantio do trigo: “A semeadura de trigo está bastante atrasada,  pois os produtores não conseguem  iniciar os trabalhos de campo. Em algumas áreas já foi realizado o manejo de dessecação, mas não o plantio. Em outras o manejo não foi realizado, atrasando ainda mais o plantio. O produtor deve ficar atento e aproveitar os curtos espaços de tempo que tiver para ir realizando os manejos necessários em sua propriedades”, finalizou.

Ouça aqui a entrevista completa com Ricardo Teston.