Publicada: 24/11/2017
sexta-feira, 24 de novembro de 2017
Fonte: Setor de Comunicação Cotriel
Quando se fala em vigor de semente, percebemos que nem todos os produtores dão a devida importância para esta característica, que é uma das que tem de ser levada em conta para definir o potencial produtivo da lavoura.
O técnico agrícola da Unidade de Alto Alegre, Henrique Huber explica que o vigor nada mais é que a deterioração da semente, que perde a capacidade de produzir uma planta normal, mesmo com as raízes e parte aérea bem desenvolvidas e em processo de germinação e emergência, sofrendo ampla diversidade de condições ambientais.
Henrique observa que um bom vigor de semente, ocorre quando há uma rápida uniformidade no estabelecimento da população adequada de plantas no campo: " Sabemos que para obter altas produtividades na nossa cultura carro-chefe o soja , precisamos errar menos, escolhendo cultivares adequadas à sua área de produção, fazendo um bom manejo pré-plantio (palha,solo) e uma boa dessecação antecipada para que não tenha a presença de plantas daninhas, principalmente a buva, que devido a não termos registrado muitos períodos de frio foi mais difícil de ser controlada este ano", enfatiza.
Ele chama a atenção que uma adubação equilibrada é a base para uma boa fertilidade da soja " A produtividade da cultura é limitada pelo nutriente que está deficiente, mesmo que os demais estejam em quantidades adequadas." Se o produtor plantou utilizando uma boa velocidade de plantio , fez que a plantabilidade e distribuição da semente ficassem na medida recomendada, o que faz um dos aspectos de uma boa lavoura, o plantar bem, se tornar um ponto ao seu favor no desenvolvimento da lavoura.
Huber afirma que as chuvas dos últimos dias foram favoráveis para a germinação, mas é necessário revezar as aplicações dos produtos, principalmente dos herbicidas. "Como foi um ano atípico, com geadas em baixa frequência, chuvas excessivas, oscilações de temperatura acima do normal, a tendência é que a soja apresente um início de ciclo sujeito ao ataque de pragas (percevejos, lagartas, tamanduá da soja). Precisamos também ficar atentos a lavoura para que não haja competição. Este ano estamos registrando uma alta resistência do capim rabo-de-burro, que precisa ser adequadamente combatido com produtos pré-emergentes que não deixam essa planta daninha a germinar, uma vez que se o capim se espalhar, o controle deste pode se tornar mais caro quanto mais tarde for feito", disse.
Ouça aqui o que disse o técnico agrícola da Alto Alegre, Vinícius Rotta de Oliveira.