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Publicada: 26/06/2014

Emater e Embrapa assinam acordo para instalação da primeira biofábrica do Rio Grande do Sul

quinta-feira, 26 de junho de 2014

 A Emater/RS-Ascar e a Embrapa Milho e Sorgo assinaram um acordo de cooperação técnica para a instalação da primeira biofábrica no Rio Grande do Sul. A biofábrica, que deve ser inaugurada no mês de agosto, vai funcionar em Montenegro, com a criação de vespas Trichogramma, utilizadas no controle biológico de várias espécies de lagartas que atacam culturas de grãos e hortaliças.

Segundo a Emtater, até então, inóculos das vespas eram comprados de biofábricas de Minas Gerais e São Paulo, chegando com atraso para o controle de pragas, como no caso da helicoverpa e falsa medideira, que causaram prejuízos na última safra, limitando iniciativas de MIP.

A infraestrutura e produção do Tricrogramma ficarão a cargo da Emater/RS, que destinou cerca de 10 empregados da instituição para o trabalho nas instalações adaptadas no Centro de Treinamento em Montenegro. A orientação técnica será da Embrapa Milho e Sorgo, com sede em Sete Lagoas, em Minas Gerais. Para a distribuição das vespas aos produtores, a tecnologia vai contar com a parceria de sindicatos, associações, secretarias de agricultura e demais entidades do setor. A meta é estender o MIP a 10% da área de milho no Estado na próxima safra.

– Quando se trabalha com material biológico vivo, tem um tempo para chegar ao campo e um momento certo para a aplicação. Então a implantação de uma biofábrica aqui no Estado vai facilitar isso – diz o diretor técnico da Emater/RS, Gervásio Paulus.

Ele destacou ainda que a biofábrica também terá um caráter didático pedagógico para mostrar que é possível, com baixo custo e um processo simplificado, produzir agentes biológicos. De acordo com o diretor técnico, a intenção é massificar as biofábricas em várias regiões do Estado, para facilitar o acesso, a aquisição e aplicação pelos produtores.
Para o presidente da Emater/RS, Lino De David, essa parceria entre as instituições cumpre uma função pública, que é colocar a informação e a tecnologia a serviço dos agricultores.

– O Rio Grande do Sul é campeão brasileiro no uso de agrotóxicos. A biofábrica faz parte de uma estratégia para produzir alimentos com maior qualidade e com menor uso de agrotóxicos. Isto é investir na sustentabilidade do sistema produtivo a longo prazo – disse.

O Chefe-Geral da Embrapa Milho e Sorgo de Minas Gerais, Antônio Álvaro Corsetti Purcino, esta é uma iniciativa pioneira na aproximação entre pesquisa e extensão para gerar soluções diretas ao produtor.

– É necessário socializar essa experiência para todo Brasil. Temos que mostrar para a sociedade brasileira esse novo paradigma no manejo integrado de pragas, no uso de controle biológico. É um orgulho para nós da Embrapa participar disso e assistir a resultados entusiasmantes – destacou Purcino.
Fonte: Emater/ RS